RELIGIOSOS ORDENADOS OU NÃO

QUE AMOR É ESSE?

Que amor é esse que sinto que me leva a não me preocupar com a possibilidade de ter? Mas que me leva a só amar e querer doar-me? Que amor é esse que me faz tão livre a ponto de não me prender a mim mesmo? Que amor é esse que tenho por Ti que me faz deixar os que mais amo? Não há vocação sem cruz. Não há amor sem renúncia. Veja que renúncia você precisa fazer para seguir a sua vocação. Abrace a sua cruz e deixe de lado todos os medos, todas as dificuldades, incertezas e tudo o que lhe impede de realizar a sua vocação!

VOCACIONADOS

O processo vocacional na Congregação Servos do Sagrado Coração tem início, oficialmente, em cada ano, com o ENCONTRÃO VOCACIONAL que acontece sempre no último final de semana do mês de julho. Nele os jovens que se sentem chamado á vocação religiosa têm a oportunidade de conhecer a realidade própria da congregação, seus membros, seu carisma, sua missão e sua atuação. Nesses encontros variados temas vocacionais são trabalhados através de atividades em grupo, conferências, simpósios e conversas com os irmãos da equipe vocacional e da equipe de formadores. Também nesses encontros os vocacionados têm a oportunidade de vivenciar a rotina da Casa dos Servos do Sagrado Coração, conviver e compartilhar sonhos e experiências com os postulantes, noviços, religiosos ordenados e religiosos não ordenados de nossa família religiosa.

Ademais, durante o ano realizamos visitas domiciliares aos vocacionados que desejam nos conhecer melhor visando um posterior ingresso em nossa família religiosa, ou não. Depois do acompanhamento presencial domiciliar e/ou por correspondência, e do diálogo com a equipe vocacional através do Encontrão Vocacional, os vocacionados poderão solicitar para ingressarem em nossa família religiosa. São convidados também a fazer uma experiência de convivência aos finais de semana, a qualquer período do ano, em alguma de nossas casas em data combinada com cada comunidade religiosa e de acordo com a disponibilidade de cada vocacionado.

Todo vocacionado deve ser apresentado pelo seu pároco ou outro sacerdote de sua paróquia. A conhecida “carta de apresentação”.

Para os jovens que estão em seminários diocesanos e/ou em outras congregações religiosas, qualquer visita deve ser feita com o consentimento prévio de seus formadores, que serão consultados.

Para os jovens egressos de seminários diocesanos ou outras comunidades religiosas será preciso, além da “carta de apresentação” do pároco ou outro sacerdote de sua paróquia, uma carta de referência dos antigos formadores, a quem a congregação pedirá os informes devidos.

A idade do candidato, a condição social e/ou racial, a distancia geográfica da sua residência ou a titulação acadêmica não são requisitos preponderantes para um acolhimento em nossa família religiosa. Deus chama pelo nome e não pela idade, cor, condição social ou titulação acadêmica. Chama para um serviço.

SOMOS TODOS CHAMADOS A SERMOS RELIGIOSOS

Quem entra na vida Religiosa Servos do Sagrado Coração não tem como objetivo primeiro ser sacerdote, ser padre. Tem, em primeiro lugar, a vontade de ser Servo do Sagrado Coração, de ser irmão. O ideal de vida dos Servos é o mesmo para todos: seguir Jesus Cristo. O que todos têm de comum é a consagração religiosa, de serviço a Deus e aos irmãos. Por isso, entre os Servos do Sagrado Coração não dever haver discriminação se este é padre e/ou aquele irmão, pois antes de ser padre o Servo do Sagrado Coração tem como primeiro objetivo e compromisso ser irmão. Eles devem se ajudar mutuamente, animando-se nas dificuldades e convivendo fraternalmente. Os Servos do Sagrado Coração, no serviço à Igreja e às comunidades cristãs, prestam diferentes formas de serviços: trabalhando com o povo, catequizando, assistindo aos doentes, em movimentos populares, servindo nos trabalhos internos de sua comunidade religiosa, etc. Se o Servo do Sagrado Coração assume o sacerdócio, ele também serve a Igreja na pregação, na administração dos sacramentos e no acompanhamento das comunidades cristãs em uma determinada paróquia/diocese e sempre morará em comunidade e em comunhão com os demais irmãos formando uma comunidade de religiosos. Portanto, o objetivo primeiro de quem quer ser Servo do Sagrado Coração é de ser irmão e a partir da necessidade da Igreja, poderá ser chamado a servir como irmão religioso ordenado a serviço da Igreja local, da Congregação e do mundo.

O RELIGIOSO NÃO ORDENADO

Ser religioso não implica necessariamente ser padre. A finalidade da vida religiosa é a imitação de Jesus Cristo pela vivência dos votos. A vida religiosa é uma forma de o cristão se consagrar a Deus. O Irmão Religioso Servo do Sagrado Coração é aquele que assumiu viver o Evangelho de Cristo, mas não como sacerdote. O campo de trabalho do irmão é muito vasto e há muitas possibilidades de atuação apostólica na Igreja. Os Servos do Sagrado Coração têm diversas formas de atuação que não a paroquial. É um carisma dinâmico que permite as mais diversas atividades como modo de ser e de servir ao Povo de Deus.

O RELIGIOSO ORDENADO

Ser padre não é o essencial da vida religiosa. O sacerdócio é assumido pelo religioso Servo do Sagrado Coração como forma de serviço à Igreja. O padre possui algumas funções que somente ele pode executar como, por exemplo, a administração dos sacramentos da confissão, da unção dos enfermos, a celebração da Santa Missa, etc. O Religioso Servo do Sagrado Coração Sacerdote deve se caracterizar por um jeito todo próprio do servo atuar no meio do povo, da Igreja.

sábado, 11 de abril de 2015

A BELEZA DESAFIADORA DA VIDA CONSAGRADA NA ATUALIDADE

O grande desafio para a Vida Consagrada é focar em sua identidade. Nós perdemos a água mais pura e ficamos bebendo água genérica longe da fonte, mas se bebermos na água dos fundadores e da patrística, do Evangelho, a encontraremos.
O que se faz necessário aos religiosos é voltar às fontes retomando essa pureza, essa pérola que está na fonte, adaptando-a à realidade.
Os religiosos têm o tesouro nas mãos, Aquele que os chamou. Tarefa da Vida Consagrada é tomar este tesouro e se perguntar o que fazer para que o homem e a mulher de hoje encontrem a Deus no cotidiano. É muito mais simples do que a gente pode imaginar. É largar de mão coisas que estão nos distraindo.
Identidade e mistério andam de mãos dadas, pois quando a pessoa descobre a sua identidade, consequentemente renova a sua atitude, deixa de ter medo. Uma pessoa apaixonada não tem medo de dizer que ama. Então, precisamos nos apaixonar de novo. O amor brota e está em nós como já está nos outros, mas não confiamos nessa verdade. Achamos que somos nós que colocaremos o amor de Deus no coração de uma criança? Ele já está lá. A pergunta é o que eu posso fazer para movimentarmos o mundo. A vida Religiosa não pode ficar encalacrada num casulo, nela mesma. Ela tem uma missão, tem que sair de si. Ou seremos místicos ou não seremos nada. Ser místico é aceitar a acolhida do mistério e conduzir outras pessoas, o que é dialético. No que eu aceito, eu conduzo. Se eu me coloco à frente, por exemplo, sou uma catequista e vou anunciar Jesus Cristo, e me coloco na frente, já deu problema, porque eu sou apenas um mediador, quem está frente é Jesus. Na hora que descubro este amor de Deus na minha vida e na vida do outro, preciso saber o que farei para chegar perto dele: ler um jornal juntos? Vamos dividir um prato de comida, vamos fazer um pão? Jesus é o Mistagogo por excelência. Sabe o que vai fazer. É astuto, tem uma estratégia e essa não é arrogante.
Os seres humanos hoje estão longe de si e por isso mesmo muito longe de Deus. A missão dos Religiosos onde quer que estejam é resgatar a paixão inicial de cada pessoa e ajudá-la a perceber que Deus não está longe, mas está dentro dela, no fundo dela e que é este o sentido da vida. Assim, nós estaremos não só dando razão à missão que assumimos um dia, mas provocando que essas pessoas também abracem cada um, do seu jeito, a sua vocação existencial.